quarta-feira, 8 de outubro de 2008

DESPERTAR A CRIANÇA

É preciso se ter
A simplicidade de uma criança,
Para que se chegar para quem
Muito amamos e lhe pedir
Um beijo, um abraço...

É preciso se ter
A coragem de uma criança,
Para que se enlace quem...
Muito amamos e confiamos
Que ele aceite o nosso gesto
.

É preciso se ter
A autenticidade de uma criança,
Para que se diga para quem
Muito amamos...
Que estamos precisando dele.

É preciso se ter
A naturalidade de uma criança,
Para que se lance para quem
Muito amamos e se peça
A ele que nos ame.

É preciso se ter
A crença de uma criança,
Para que se creia que
Somente o nosso amor
Irá renovar uma relação!

CRISTO NOS RENOVA

AGNOSIA




Para você viver bem
Ante os mistérios da vida
Não questione, não procure
Respostas, nem queira soluções.

Bem fazem os simples,
Os ignorantes a tudo
Aceitam sem perguntar
Sem duvidar, apenas crendo.

Assim nos orientou
O mestre dos mestres, Jesus,
Mas mesmo assim, nós,
Os intelectuais continuamos...

A nossa lida do saber
Prossegue, mas um dia,
Nem que seja para outros
Haja de vir à luz...

Não é que não se tenha fé
Em Deus, mas é que,
Somos ansiosos...
E queremos com mais rapidez!

A razão sob o reflexo do amor
Há de encontrar o equilíbrio
E assim apoiados no Pai
Saberemos coibir os impulsos.

Quando não racionalizamos
E agimos pela raiva diante
De um fato acontecido,
Acabamos ferindo o nosso irmão.

Será se vale à pena
Deixar viver tendo por lema
A ansiedade, a angústia?
Vamos trocar tudo isto:

Pela ponderação, paciência,
Cautela “conte até 10”, muitas
Vezes esta simples regra já
Conteve muitos impetuosos.

Nós temos um Mestre, que...
Com o maior dos Livros,
A Bíblia nos ensina muito
Para que possamos viver!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

A VELA APAGOU



Tudo nela era alegria
Tudo nela era amor
Tudo nela era energia
Tudo nela era viver...

Viveu intensamente
Viveu para o que queria
Viveu para o que gostava
Viveu ao sabor das emoções...

Detestava a tristeza
Detestava a doença
Detestava os desafetos
Detestava a solidão.

Queria todos ao seu redor
Queria todos em alegria
Queria todos unidos
Queria todos no seu ritmo.

Temperamento forte
Temperamento impetuoso
Temperamento imperioso
Temperamento agitado.

Não conseguiu conciliar
A vida com a doença,
A separação com a saudade,
A imobilidade com a agitação.

A vela acessa que tremulava
A mariposa que vibrava pela luz
O barco que balançava pelas ondas
O som que era musical.

Tudo nela feneceu...
Pela força implacável
Daquela que não aceitamos,
Mas que é certeza: a morte...

Ontem como uma vela acesa
Tremulou ao senhor dos ventos
Das grandes emoções...
Hoje se vestiu de saudades!


sábado, 4 de outubro de 2008

BARCO DE ILUSÕES



Para que a felicidade
Foi-me acenada...
Para durar tão pouco?

Para que fui embarcar,
Num barco de ilusões,
Se a viagem era tão curta?

Para que deixar os outros,
Na beira da praia...
Se a volta era tão rápida?

Para que fui tão feliz
Se hoje tudo é areia...
Que escorre pelos dedos?

Para que deixar,
Que me sentisse amada...
Quando não passava de aventura?

Ao embarcar neste barco,
Eu não pensava que era ilusão, fantasia,
Mas minha realidade...

Ao embarcar neste barco,
Levava como bagagem,
O que melhor de mim havia...

Ao embarcar neste barco,
Não olhei para normas de direção
Porque meu intento era ir...

Ao embarcar neste barco,
O timoneiro era o homem
Que a vida inteira eu desejei...

Ao embarcar neste barco
Não consultei nem o tempo ou horas,
Para mim era primeiro e seria eterno!


quinta-feira, 2 de outubro de 2008

LUAR DE AGOSTO


Luar de agosto!
Quantas lembranças gostosas
Indeléveis para sempre, mesmo...
Que quisesse esquecer, impossível.
Porque o vento traz no seu som
O calor daqueles braços enlaçados.

Luar de agosto!
A lua tomava todo o céu, bela,
Deslumbrante, banhava os amantes...
E também as águas mornas do mar
Onde eles estavam após
Toda a sofreguidão da paixão...

Luar de agosto!
Bem que por vezes ela gostaria,
Se possível fosse, de não ter memória...
Para que relembrar momentos que
Nunca acreditou que um dia desfrutaria
Muito mais sonho que realidade.

Luar de agosto!
Naquele ambiente paradisíaco...
Como ela foi feliz! O tempo parou,
Não existia culpa ou indecência,
Tudo era muito belo e puro,
Apesar de vestidos apenas pelo luar.

Luar de agosto!
Nada se pensava, nada se falava,
Vivia-se intensamente cada segundo,
A fim de que aquele encantamento
Não viesse a ser sugado pelas brumas
De suas vidas sofridas no passado.