domingo, 21 de setembro de 2008

SORRIA SEMPRE


Sorria, sorria sempre
Mesmo que nenhum motivo,
Aparente haja, faz bem sorrir!
Ainda que seja para dizer: eu vivo!

Sorria, mesmo quando as coisas
Parecem não estar bem e mesmo
Que na verdade não estejam
Lembre-se de um momento bom

Sorria, nem que tenha que ir
Ao espelho e fazer uma careta
Dê um sorriso, pois irá sorrir dela
E como há de se sentir bem!

Sorria mesmo que não tenha
Uns dentes perfeitos, ele flui,
Talvez não saiba do seu interior
Porque lá Ele está velando por você

Sorria, mesmo quando uma lágrima
Deslizar do seu rosto pela dor,
Pela saudade, mágoa, desilusão...
Utopia não, o sorriso diz que é forte.

Sorrio mesmo quando a tristeza
Quer me dominar, baseada no que
A vida me fez passar, procuro olhar
Para o céu e vejo as nuvens flutuarem.

Sorrio e para isto procuro me lembrar
Do sorriso de alguém e não do mau humor
Por exemplo, gosto me lembrar...
E me faz bem, do sorriso do dele...

Sorrio novamente ao ver através
Dos olhos da mente, o sorriso
De meu filho, do meu novo amor,
E também daqueles que a vida levou.

Sorrio, mesmo sabendo que...
Enquanto o faço, alguém me critica
No sarcasmo de seu comentário
Sobre meu sorriso, ela irá sorrir!


Sorrio para os que me agridem
E, na primeira oportunidade, levo-os
Também a refletir sobre o sorriso
Que não desgasta nem a si nem o outro

Sorrio, mesmo agora, porque sei
Que muitos ao ler esta poesia, hão
De parar e dizer: ela tem tudo, a fim...
De viver sorrindo, e o antes não conta?

Sorria, meu amigo, minha amiga,
Também aprendi entre muitas coisas,
Nesta vida transitória, pelo menos,
Ninguém há de esquecer o seu sorriso
.

AS FORMIGAS




Lembranças grandes!
Pequena menina...
Deitada no chão
Do jardim fez ali
Seu canto encantado!

Sozinha? Amigas tinha...
As formigas iam e vinham
Umas atrás das outras
Levando folhas grandes
Para minúsculo tamanho!

A menina observava e sorria feliz...
As formigas ao passarem
Uma pela outra...
Tocavam-se num olá!
Não empurravam ou tomavam
O lugar da outra...

Nuvens enormes no céu
Pequena menina...deitada de costas.
Também para elas olhava;
Não pensava, sorria...
Imaginava ver animais
Virar rostos amigos, bonecas...

No seu mundo de sonhos
Vibrava pelas descobertas!
Não tinha que dividir...
Com ninguém o seu mundo.
Ela se bastava e era feliz!

A mulher vê no seu mundo
Que uns empurravam...
Derrubam para passar;
Nem se olham, nem se tocam,
O tempo urge, não se permitem...
Esperar, muito menos sonhar...

A mulher cercada de pessoas
Estaria só se...
Aquela criança vinda
Para seus braços não lhe sorrisse
Lembrando que é amada!

QUIMERA E BEBIDA



Sonhei um dia com a felicidade
Ela veio e se desfez...
Com o impacto de um copo de bebida
Bebida que destruiu um ser,
Um lar, uma família, uma paz...

Sonhei um dia com a paz
E veio o tumulto de palavras
Palavras que destruíram vidas
Vidas que se amavam,
Amor que não resistiu à bebida...

Sonhei um dia com um lar,
Um filho complementando um casal
E veio o choque de temperamentos...
Fragmentando tudo em nada,
Porque a bebida dominou um homem...

FIM DE CARNAVAL







Quantas lágrimas derramadas
Quantos risos perdidos
Quantos encontros desencontrados
Quantas retas percorridas em curvas
Quantas curvas em busca de um caminho
Quantos pensamentos não pensados
Quanta palavra dita e não ouvida
Quanto adeus sem despedidas
Quantos lamentos que dizem momentos
Quantas alegrias achadas e deixadas.

Quatro dias que para muitos
Foi uma eternidade...
E, para outros nunca deveria
Ter tais dias existidos...
Arrependimentos para alguns
Esperança para outros dias
Ou quem sabe outros carnavais...

No carnaval tudo é possível
É magia, encanto, ilusões,
Há muitos pobres que são reis
Há muitos ricos que são pobres
Há muitos que vão e não voltam
Há muitos que choram sem lágrimas
Há muitos que riem sem risos...

Tantos que foram e não chegaram
Tantos chegaram e não foram
Tantos pediram e não receberam
Tantos receberam e não pediram
Tantos foram santificados e,
Tantos foram marginalizados...

Para muitos o carnaval
Foi um drama vivido no palco
Da vida, onde muitos foram atores e,
Outros além de atores foram também autores,

Para muitos o carnaval
Foi um encontro com Cristo
Da vida nasce um novo ser,
Além de renovados, renovam a vida,

Para muitos o carnaval
Foi uma tragédia, ao invés,
De dias de alegrias e sonhos...
Deixam chorando os seus...

Para muitos o carnaval
Foi uma rotina mais prazerosa
Da vida em família, com os seus,
Outros encontros de contentamento.

Para muitos o carnaval
Foi um dia como outro qualquer
Da vida não tiraram nada,
Para outros nem acrescentaram.

A FLOR E O BEIJA-FLOR


Choro sem lágrimas,
A sexualidade perdida,
Choro sem prantos,
Com saudade, a maturidade
De nossa relação, quando...
Passamos a viver a intimidade...

Choro com tristeza no coração,
Na grandeza de meus sentimentos,
Quando tínhamos aqueles momentos
Gostosos, ali nos perdia um no outro.
Hoje, após quatro meses de espera...
O beija-flor veio à flor e não emergiu

Choro ao ver a flor abrir as pétalas,
Mutante na cor, no cheiro, devido
Ao novo clima que veio a ela,
Mas o beija-flor não emergiu nela...
E assim ela se fecha e pende no galho,
Sedenta de vivacidade, sem saber
Quando o seu beija-flor voltará,
Para lhe alimentar e ser alimentado...

Será se é porque ele não a achou
Saborosa, sedosa e então irá
Em outro jardim à busca de outra
Que para ele se apresente com
Aspecto de jovialidade e seja mais
Uma novidade na área da natureza?

QUINZE ANOS



Do botão brota a rosa,
Do casulo brota a borboleta,
Da semente brota o fruto,
Da concha brota a pérola,
Da menina-moça brota a mulher.

Transformações que dizem
Que após um período evolutivo
Fez-se um momento maior!
Marcante e único a uma vida
De seres que tem uma função.

No mundo de hoje, em quem...
Houve uma metamorfose,
Recebe de Deus uma missão,
Que impõe escolhas, não mais...
Inconseqüentes de criança,

Da nova mulher se espera
Decisões responsáveis e
Conscientes, e além de tudo
Não basta ser...
É preciso saber ser uma mulher...



OSTRACISMO




Estou vagando sem rumo,
Horas sou levada pelos ventos,
Desencontrados de emoções;
Horas sou lançada contra as pedras
De minhas mágoas e tristezas,
Horas as águas frias das marés
Lançam-me na aridez da fé.
Horas procurando me agarrar
Nos galhos que pendem sob o rio
De minhas incertezas e dúvidas...

Como eu gostaria de ser
Como um cavalo selvagem que galopa,
Livre, com um trote cadencia...
Como eu gostaria de ser uma ave,
Voando, dançando,
Num céu azul iluminado pelos raios do sol,
Através das nuvens eclodem em arco-íris.

Mas que sou? Uma mulher...
Que na cronologia chega aos sessenta
Com o coração e a mente de jovem
E desta forma nem todos me entendem
Nem todos me aceitam...

Gostaria de dizer que critiquem...
Eu gosto de ser como eu sou
Eu gosto de expandir minha alegria
De me sentir otimista,
Confiante que no amanhã ainda
Virá ao meu encontro, quem me ame,
Como eu mereço ser amada...

PEDAÇO DE PAPEL


Pedaço de papel...
Retalho de uma folha
Parte de um todo

Pedaço de papel...
Rasgado, esfacelado
Pela euforia ou dor!

Pedaço de papel...
Jogado, levado ao vento!
Partícula perdida...

Pedaço de papel...
Uns olham e pegam
Outros o ignoram.

Pedaço de papel...
Mesmo encontrando o todo
Nunca mais será do mesmo.